2020-12-31
O presidente Marcelo e os seus consensos
Não consigo perceber porque é que sempre que tem de tomar uma decisão, o presidente, chama todos os partidos ao palácio de Belém.
A separação de poderes é bem explícita na constituição, e neste caso, nestes casos de declarar o estado de emergência, seria normal o presidente convocar o conselho de estado para saber a opinião dos conselheiros, mesmo não sendo necessário, e depois de ouvir o governo pedir à assembleia da república a necessária autorização.
Quando temos um parlamento com tantos partidos e em que a relação entre o partido com mais deputados e os que têm menos é de 108x não se percebe esta necessidade de consensos, aliás algo típico de quem não quer decidir.
Isto não é democracia, é popularismo sem sentido.
Senhor presidente, comporte-se como presidente e decida de acordo com a constituição e não ande a propagar os seus abraços que mais não são do que influenciar o povo na sua fingida simpatia e falsa independência.
Vacina contra a Covid-19 chegou
A vacina chegou, o pessoal hospitalar está a ser vacinado, acho muito bem.
Sempre achei que para podermos ajudar os outros temos que nos ajudar a nós próprios, caso contrário mais tarde ou mais cedo deixamos de poder ajudar.
A vacina chegou, agora é tempo de começar a pensar que mais tarde ou mais cedo tudo vai melhorar, mas atenção, nada será como dantes, muita coisa mudou nestes tempos.
Muita gente esteve confinada, muita gente esteve com medo, muitas famílias viram entes queridos falecerem, agora vai ser tempo de, calmamente, começarmos a pensar no que iremos fazer para voltar a ter uma vida normal sabendo sempre que a doença não vai acabar de repente, mas que poderemos vir a ter a possibilidade de viver mais normalmente.
Deixo em baixo o programa de vacinação, carregando no mesmo aedem ao site onde está o progtama.
2020-12-30
CAPELA DE “SANT'ANA" EM SALIR DO PORTO
Deixo ao vosso critério sobre o que se deveria ter feito, se estiverem de acordo respondam ao pequeno questionário.
2020-12-29
Comunicação social
Sempre que vejo notícias na televisão sinto um tremendo enjoo pela forma como a comunicação social funciona neste momento, são asneiras atrás de asneiras, desde uma tremenda falta de cultura geral que leva a dizerem autênticas "bestialidades" até situações comentadas erradamente quando estamos a ver algo que não coincide com o que dizem.
Mas isto não é tudo, a vontade dos editores / jornalistas / locutores de encontrar contradições e/ou frases erradas é tanta que acabamos por não ter notícias importantes, mas apenas o constate procurar de denegrir cada assunto e cada pessoa da vida política portuguesa.
Tudo é melhor no mundo do que se faz em Portugal, começando por encontrar exemplos “lá fora” que rapidamente se esquecem por deixarem de ser exemplos e então contam-se outros, mas “lá fora” é sempre melhor.
Agora neste ano de covid as notícias sobre Portugal dão a sensação de que não há pior país no mundo do que o nosso, nas conferências de imprensa as perguntas repetem-se como se os jornalistas nem sequer percebessem as respostas aos colegas anteriores e voltam a perguntar o mesmo, será para ver se o interlocutor se engana e diz algo diferente?
A própria RTP, serviço público que gasta rios de dinheiro não sei onde, tem publicidade como as outras, recebe uma taxa de quem gasta energia e mesmo assim esquece-se de esclarecer e procura a opinião sem contraditório, descobrem associações que aparecem da noite para o dia, mas procurar analisar se é verdade o que dizem, tentar obter a posição dos atacados, bem isso … é melhor esquecer.
Eu sou a favor da liberdade de informação, mas tanta asneira, tanta falta de consideração pelo telespetador é demais.
Precisamos de mais vozes críticas da comunicação social tal como está para ver se melhora e passamos a ter uma comunicação social que seja mais culta, mas precisa e mais assertiva em relação ao que se passa e menos panfletária e à procura do mal, da desgraça da desconfiança.
2020-12-28
MANIFESTO PELA DESCENTRALIZAÇÃO DO ESTADO
Atualmente fala-se muito de descentralização, começando pelos líderes dos partidos e acabando nos autarcas.
Mas afinal o que se pretende com a descentralização?
Vamos ver, olhemos para a questão dos organismos que muitos
propõem mudar para outras cidades…
Tudo bem, mas isso é descentralização? Quem passa a
ser responsável pelo organismo que muda de cidade? Não serão as instituições as
mesmas? Vai haver alteração à orgânica do estado?
A resposta a tudo isto é não.
Ou seja, vamos ter muita gente contente, o presidente
da Câmara do Porto, os líderes partidários, muitas bandeiras, foguetes e
inaugurações … e tudo fica na mesma.
Descentralizar …
… é passar competências que estão na organização
central do estado e entregá-las às autarquias, não é passar sedes de
organizações que devem ser centrais para outras regiões e continuar tudo na
mesma;
… é, por exemplo, passar as competências das lojas do
cidadão para as autarquias, qual a razão para haver tantos escritórios
regionais (centralizados) quando temos as câmaras municipais que podem fazer o
mesmo trabalho?
Mas para que tudo isso aconteça é preciso reorganizar
o estado, mais de 300 câmaras municipais e mais de 3.000 freguesias não fazem
sentido num país com a nossa dimensão.
Se não for mudada a mentalidade existente que não
pensa para além do que já existe nada vai ser alterado no quadro do centralismo
português.
Concordo com a regionalização, mas se mais nada mudar
será apenas mais um nível de autarquias que é criado e na realidade estamos a
começar a casa pelo telhado.
Transformemos Portugal num país mais dinâmico, como
menos burocracia. Algumas ideias para uma verdadeira reforma do estado e
respetiva descentralização:
1.
Alterar a estrutura de municípios –
Fazer um estudo para ver quais devem ser divididos por serem grandes demais e
quais se devem juntar por serem pequenos demais;
2.
Analisar bem as juntas de freguesia
e ver até que ponto não são apenas delegações das camaras municipais;
3.
Passar as atribuições das lojas do
cidadão para os municípios;
4.
Criar as regiões na base do estudo
feito.
Em resumo, uma organização em que em vez de câmaras
municipais e juntas de freguesia passe a haver regiões, bem mais abrangentes
que as câmaras municipais atuais e municípios mais pequenos que tenham
competências que sirvam mais de perto e melhor as populações.
Estas ideias são uma base para o que acho deveria ser
a verdadeira discussão sobre a descentralização, porque acho que o primeiro
passo para que o nosso país possa ser mais equilibrado entre o interior quase
deserto e o litoral passa por uma verdadeira revolução (ou reforma, chamem o
que quiserem) na orgânica do estado.
É difícil fazer, sim, todas as revoluções são
difíceis, mas se não se fizer vamos continuar a falar de descentralização
durante muitos anos.
2020-12-27
Apresentação
Um olhar sem compromisso e sem medo de dizer bem ou criticar o que se diz aqui e ali.
Pontualmente apresentarei uma fotografia, um local, um assunto diferente.
Espero que gostem e sigam o Blog, desde já o meu obrigado.
Até amanhã …